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As principais potências imperialistas

As principais potências imperialistas



No decorrer do século XIX, além das potências europeias (Inglaterra, França, Bélgica, Holanda, Itália, Alemanha, Portugal e Espanha)[3]Estados Unidos e Japão entraram em uma forte disputa por colônias principalmente na África e na Oceania. Em 1880, cerca de 10% do território africano era ocupado e pelas nações europeias. Vinte anos depois, especialmente franceses e ingleses já controlavam 90% do continente africano. Os japoneses mantiveram colônias na Ásia, enquanto que os norte-americanos mantiveram sua influência na América Latina.

A dominação imperialista se deu de forma direta, fazendo uso da superioridade militar e assumindo os principais cargos governamentais, ou de forma indireta, quando se tirava proveito da rivalidade de dois grupos locais e se estabeleciam alianças com lideranças políticas que permitiam a livre exploração.


Imperialismo inglês: mantinha colônias na América, na África, na Ásia e na Oceania. Era um dos impérios mais poderosos da época. Na Ásia, a Índia era a mais importante colônia dos ingleses, já que fornecia chá e grande quantidade de algodão para a fabricação de tecidos. Na África os ingleses conquistaram uma vasta região, que incluía, entre outros, a África do Sul, Quênia, Uganda, Sudão. Além disso, os ingleses mantinham forte influência sobre o Egito.


Imperialismo francês: em 1830 os franceses deram início a sua política expansionista conquistando a Argélia, no norte da África. Até o final do século XIX, os franceses ampliaram sua área de domínio ao conquistarem o Senegal, Guiné, Costa do Marfim e Marrocos, além da Somália e de Madagascar. Na Ásia, a França tomou posse da chamada Indochina, formada pelos atuais Vietnã, Camboja e Laos, de onde obteve grande lucros com a fabricação de borracha.


Imperialismo alemão: Pelo fato de a Alemanha ter surgido como Estado Nacional somente no início da década de 1870, os alemães entraram atrasados na corrida imperialista. Mesmo assim, na partilha colonial a Alemanha ocupou a chamada África Oriental Alemã, a África do Sudoeste, o Camarões e o Togo.



Imperialismo italiano: Assim como a Alemanha, a Itália surgiu como Estado Nacional no início da década de 1870 e por isso entrou tardiamente na corrida expansionista. Na África ocupou o litoral da Líbia, a Eritréia e a Somália.


Imperialismo belga: A Bélgica ocupou o Congo, na região central do continente africano. A colonização belga ficou conhecida pela brutalidade usada contra os nativos. Explorando a mão de obra africana, o rei belga, Leopoldo II, extraiu uma fortuna em borracha e marfim.


Imperialismo holandês: A mais importante colônia dos holandeses eram as índias Orientais (atual Indonésia) e a Colônia do Cabo, na atual África do Sul.


Imperialismo português: Os portugueses tiveram grande destaque no colonialismo do século XV e XVI, quando mantiveram um grande e duradouro império ultramarino. Durante o século XIX, quando o império já estava em declínio, os portugueses expandiram a colonização em direção ao interior de Moçambique e Angola.


Imperialismo holandês: Durante o colonialismo, os espanhóis mantiveram, na América, um dos mais poderosos impérios do mundo. Entretanto, no imperialismo do século XIX o império espanhol foi mais modesto. Na Ásia teve controle sobre as Filipinas, mas tarde ocupada pelos E.U.A, e na África dominaram o Saara Espanhol.









Imperialismo norte-americano: Na Ásia, os norte-americanos defendiam a política das “portas abertas”, isto é, defendiam que todas as potências deveriam ter o direito de explorar o continente. Porém, para a América Latina defendiam a política das “portas fechadas” para qualquer potência que não fosse os Estados Unidos. Com base na Doutrina Monroe, que tinha como lema, “a América para os Americanos”, os Estados Unidos alertavam os países europeus para que não interferissem nos assuntos do continente americano. Mais tarde, no governo de Theodore Roosevelt (1901 – 1909), os norte-americanos estabeleceram a política do Big Stick (“grande porrete”), pela qual tinham direito de intervir militarmente nos países da América Latina sempre que seus interesses estivessem em jogo. Na Ásia, dominaram as Filipinas e na América o domínio mais severo ocorreu em Cuba, Porto Rico e Panamá.


Imperialismo japonês: Até 1850 os japoneses viviam isolados no mundo oriental, numa sociedade organizada ainda conforme os padrões feudais. A partir da década de 1860 os japoneses passaram a enviar seus filhos a universidades europeias e norte-americanas e assim adquiriram o conhecimento técnico para impulsionara a industrialização no país. Em 1868, o imperador Mutsuhito iniciou uma série de reformas políticas e econômicas para modernizar o país. Esse processo de mudanças ficou conhecido comoRevolução Meiji. O crescimento foi muito rápido e nas últimas décadas do século XIX o Japão já participava da corrida imperialista. Na Ásia os japoneses dominaram parte do território da China e da Coréia.

A Partilha da África e a Conferência de Berlim

O interesse e forte disputa dos países europeus pelo domínio das terras da África gerou aquilo que ficou conhecido como a Partilha da África. Preocupados com essa disputa e temendo que ela pudesse provocar uma guerra de grandes proporções, as principais potências da Europa que exploravam o continente africano decidiram estabelecer normas que deveriam ser seguidas para a conquista e colonização de territórios ainda inexplorados. Na Conferência de Berlim, ocorrida em fevereiro de 1885, além de terem delimitado os territórios coloniais, os europeus decidiram que uma nação só teria direito de explorar um território se mantivesse nele autoridade capaz de fazer respeitar o seu direito e fizeram um novo mapa da África que fixava fronteiras artificiais, misturava culturas e línguas diferentes e separava povos que tinham grande identidade cultural.



Referência:


SCHAFER, Gabriel. "schafergabriel"; O Imperialismo do século XIX. Disponível em:<http://schafergabriel.blogspot.com.br/2015/03/o-imperialismo-do-seculo-xix.html>




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