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O Imperialismo do século XIX

O Imperialismo do século XIX


A partir do século XV as potências mais desenvolvidas passaram a sentir a necessidade de expandir seus mercados. Nesse primeiro período, portugueses, espanhóis, ingleses e franceses estabeleceram, na América, colônias que ao serem exploradas garantiam grandes lucros. Entretanto, no século XIX grandes transformações políticas e econômicas e o rompimento do chamado sistema colonial provocaram o início de uma nova disputa por colônias, essencialmente ligada as consequências da Segunda Revolução Industrial. Com o assombroso aumento da produção verificado nesse momento, as grandes potências iniciaram uma nova corrida colonial em busca de mercados consumidores de produtos industrializados e fornecedores de matérias-primas. Nesse novo sistema colonial, chamado de imperialismo[1], a África e boa parte da Ásia foram dominadas e divididas entre as principais potências capitalistas do período.


O Imperalista do século XIX


Vários fatores explicam o porquê das principais potências capitalistas do mundo terem iniciado no século XIX uma nova corrida colonialista.


Motivações econômicas: A partir da segunda metade do século XIX a economia mundial passou a ser profundamente modificada. Da mesma forma, a sociedade passava a sentir os efeitos (positivos e negativos) da chamada Segunda Revolução Industrial, caracterizada pelo uso de novas fontes de energia, novas indústrias nos setores químico e eletrotécnico e grandes avanços nos meios de transporte e comunicação. Nesse período, o rápido crescimento populacional não acompanhou o rápido aumento da produtividade, o que acabou gerando excedentes de mercadorias e de capitais e uma acirrada concorrência entre as empresas.[2] A produção acentuada provocou uma imediata queda nos preços e forte crise econômica entre 1873 e 1896. Para fugir da crise, os grandes capitalistas industriais necessitavam conquistar novos mercados consumidores de bens industrializados, fornecedores de matérias-primas e próprios para receberem novos investimentos.

Motivações políticas: A luta pelo controle das fontes de matérias-primas que eram fundamentais para a continuidade da produção (petróleo e minérios principalmente) e a necessidade de exportar a produção excedente incentivou o crescimento da rivalidade entre os países capitalistas. Essa concorrência por novos mercados fez com que esses países passassem a investir em poderio militar e na segurança nacional. Muitas áreas dominadas tinham apenas a função estratégica e foi se criando assim, ao mesmo tempo, um sentimento de orgulho nacional.

Motivações culturais: Por fim, os europeus justificavam o domínio da África e da Ásia alegando esse ser um direito natural da civilização europeia, superior em todos os sentidos. Com esse discurso se criou o mito da superioridade racial e cultural dos europeus Enquanto exploravam de forma desumana e brutal os povos africanos e asiáticos, as potências capitalistas afirmavam que tinham a missão de levar até essas civilizações os progressos da Revolução Industrial. Essa missão foi chamada de missão civilizadora.

De forma direta ou indireta, o resultado esperado pelas potências imperialistas era o mesmo:exploração dos recursos naturais e da mão de obra local e controle sobre a produção e o consumo.


Referência:

SCHAFER, Gabriel. "schafergabriel"; O Imperialismo do século XIX. Disponível em:<http://schafergabriel.blogspot.com.br/2015/03/o-imperialismo-do-seculo-xix.html>

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